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Vem, 2022

Consultoria estratégica em gestão

Vem, 2022

Em que pesem as nuvens da recessão, sempre pairando sobre nossas cabeças, há indicadores que contribuem para que a perspectiva econômica para 2022 não seja de todo negativa.

Tudo sem levar em conta questões políticas, o que em nosso país é um hábito mais que saudável, uma vez que, ao que parece, não temos sido felizes com nossas escolhas nem à direita nem à esquerda. Ignorar esse aspecto, assim, não geraria grande impacto.

A pandemia da COVID-19 trouxe grande sofrimento ao Brasil, mas também teve o condão de acelerar a digitalização e a adoção de novas tecnologias nas organizações.

Demanda

Do ponto de vista da demanda, isso pode ser inferido, por exemplo, pelo fato de cerca de 14 milhões de pessoas terem aberto novas contas bancárias para receber pagamentos digitais durante a pandemia em 2020.

Esse movimento foi, em grande parte, resultado tanto da necessidade de receber o Auxílio Emergencial do governo federal, como da facilidade de movimentação representada pelo advento do PIX.

Dessa forma, ao menos parte dos reflexos negativos no consumo desse período podem vir a ser compensados, tanto mais em se confirmando a efetivação da extensão dos programas de suplementação de renda.

Outras boas novas vêm de pesquisa recente da Boa Vista com 500 micro e pequenos empresários, dando conta no final do terceiro trimestre de 2021, 63% dos representantes dos setores do comércio e de serviços estavam otimistas com o desempenho dos seus negócios – no primeiro trimestre, este percentual era de 59%.

Além disso, o trabalho mostra aumento na expectativa de incremento no faturamento. Neste ano, 60% dos empresários consultados esperam conseguir alavancar os lucros, contra 42% no ano passado.

Ganhadores e perdedores

Se alguns setores, como o de espetáculos e entretenimento, foram pesadamente impactados pela pandemia, outros, como o de logística – em especial o ligado ao e-commerce – tiveram desempenho invejável. O consumidor “descobriu” as maravilhas das compras à distância em 2020 e manteve esse encanto durante 2021.

Na medida em que arrefecem os números da doença, aqueles setores mais atingidos tendem a, paulatinamente, retomar suas atividades e os por ela privilegiados devem permanecer aquecidos.

Mas uma coisa é certa: a concorrência não deixou de existir, pelo contrário. Desse modo, não basta ter esperança. É preciso fazer a lição de casa.

Propostas

Nesse sentido é que aconselhamos os empresários a apostar na transformação como modo de agir gerencial. Propomos que a visão do negócio seja ampliada tanto no que diz respeito aos seus objetivos como em relação à sua abrangência.

Por muito tempo a noção de “core business” tem dominado a condução das empresas. Ocorre que numa situação concorrencial extrema, perder posições quando se tem um único negócio focal pode ser fatal.

Assim, a ideia é desenvolver um portfólio mais abrangente de produtos ou serviços (e mesmo de negócios), de forma a aprender com a diversidade de modelos, estimular a troca de experiências e aproveitar os melhores momentos de cada iniciativa. E isso vale também para a questão da abrangência territorial.

Outra vertente é a de não se contentar com metas acanhadas. Essa prática enseja dois problemas: o de premiar elementos ou unidades de baixa performance e o seu complementar, de desestimular os de alta. É melhor colocar o sarrafo mais alto, se esforçar e fracassar, do que mantê-lo numa posição confortável e não sair do lugar.

Finalmente, mais do mesmo:

– Muita atenção às políticas de atualização, busca e retenção de talentos. É cada vez mais importante desenvolver um clima organizacional onde a sensação de “ownership” (pertencimento) esteja sempre presente;

– Não deixar escapar as novidades tecnológicas, e não apenas as do próprio setor de atuação. A transformação pode vir de onde menos se espera.

Esperamos, sinceramente, que o ano que começa seja de maior entendimento no âmbito político, e mais justiça, no social.

Feliz 2022!

Este artigo foi originalmente publicado no site Modais em Foco

Mauricio Prieto é sócio-diretor da Synerhgon